O primeiro-ministro israelita encontra-se com Donald Trump, esta terça-feira. Benjamin Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pela nova Admnitração da Casa Branca. Netanyahu já admitiu que a ajuda de Trump será fundamental para redesenhar e negociar o mapa do Médio Oriente. O primeiro-ministro israelita já esteve com Steve Witkoff, o enviado de Trump que deverá também discutir a segunda fase do acordo com o primeiro-ministro do Qatar e com altos responsáveis egípcios.
"Israel e os Estados Unidos estarão alinhados se pensarmos no primeiro-ministro Netanyahu e no Presidente Trump, por motivos diferentes. Trump tem pressa em ver esta guerra acabar e poder reivindicar o mérito de ter feito por acabá-la. E no lado de Netanyahu há uma grande pressão, sobretudo da opinião pública israelita, cansada da guerra por um lado e ansiosa por ver todos os reféns devolvidos, alguns infelizmente já sem vida", explica Pedro Cordeiro.
"Por outro lado, há no Governo de Netanyahu figuras importantes, decisivas para a manutenção da sua maioria, que não querem o fim da guerra", acrescenta o Editor de Internacional do Expresso.
Com Vladimir Putin, o alinhamento será naturalmente diferente. Caso aconteça em breve este encontro entre o Presidente russo e Donald Trump, terá de haver cedências para ambas as partes para se tentar chegar a um acordo.
"Uma conversa entre Putin e Trump é uma conversa que, se for só assim a dois, está a contornar um terceiro e importante ator, que é a própria Ucrânia. Até agora, os países que têm apoiado a Ucrânia tinham o princípio de que nada se decide sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. Não tenho a certeza de que Donald Trump vá continuar com isso. Provavelmente vai ter que engolir alguma coisa que Trump lhe imponha", sublinha o comentador da SIC.