Um carro abalroou uma multidão em Munique, na Alemanha. O ataque aconteceu perto do local onde começa esta sexta-feira a conferência de segurança que junta 60 líderes mundiais, como o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o vice-presidente norte-americano, J .D. Vence. Estava a decorrer uma manifestação do sindicato Ver.di, o segundo maior da Alemanha que junta funcionários públicos de vários setores.
“Neste momento, não temos nenhuma indicação da motivação desta pessoa e não sabemos sequer se o alvo que foi atingido, que foi uma manifestação sindical, se era um alvo de oportunidade ou se era um alvo simbólico e relacionado com os seus objetivos estratégicos”, refere Daniel Pinéu.
Para o comentador da SIC, mesmo que a motivação específica deste ataque não esteja ligada à conferência, os cálculos estratégicos do autor incluem a cobertura noticiosa e mediática de um ataque deste tipo, visto que muitos órgãos de comunicação internacionais estão em Munique por causa da conferência.
"Agora, o que temos dados claros é que os serviços de emergência e a polícia reagiram de uma forma muito rápida, detendo o suspeito imediatamente na área.
Creio que o facto de estar a conferência de segurança em Munique e, portanto, o nível de prontidão e o nível de efetivos, seja da polícia, seja dos serviços de emergência, até numa zona próxima do hotel onde se dá a conferência, ajuda a que se tenha verificado uma resposta tão rápida", explica Daniel Pinéu.
O ataque causou pelo menos 20 feridos, dois dos quais em estado grave, de acordo com o jornal Bild. O presidente da Câmara de Munique, Dieter Reiter, diz-se profundamente chocado e confirma que há crianças entre os feridoss.