O discurso de JD Vance era foi um dos momentos mais aguardados da Conferência de Segurança de Munique, este sábado. O vice-presidente americano criticou a Europa pela perda de liberdade de expressão e os altos níveis de imigração. O que levou Olaf Scholz, chanceler alemão, a pedir aos Estados Unidos para não interferirem na política europeia.
O contexto para o mais importante fórum mundial sobre políticas de segurança há muito que não era tão tenso.
Menos de um mês depois da tomada de posse de Trump, o braço de ferro entre EUA e Europa é claro.
Sem tocar na Ucrânia, o número dois da Casa Branca não se poupou nas críticas ao velho continente:
"Penso que não há nada mais urgente do que a migração em massa. Nenhum eleitor deste continente foi às urnas para abrir as comportas a milhões de imigrantes não selecionados. Mas sabe no que é que eles votaram? Em Inglaterra, votaram no Brexit. E, concordem ou não, votaram-no. E cada vez mais, por toda a Europa, estão a votar em líderes políticos que prometem pôr fim à migração fora de controlo"
O chanceler alemão não deixou JD Vance sem resposta e rejeitou as críticas tecidas à Europa.
Ainda que a mais de seis mil quilómetros de distância de Munique, Donald trump aplaudiu o discurso do vice-presidente.
Mais do que em palavras, foi com ações que os Estados Unidos definiram a sua posição durante a conferência.
JD Vance não reuniu com Olaf Scholz e, em vez disso, encontrou-se com a líder da extrema-direita alemã no primeiro dia da conferência.