A cinco dias das eleições, as sondagens mostram uma mudança de poder. O motor europeu vive uma crise económica profunda, mas os alemães parecem resistir ao populismo que cresce na sociedade.
Friedrich Merz deve ser novo chanceler
No topo das sondagens estão os conservadores e, se os números baterem certo, o próximo chanceler será Friedrich Merz. Antigo ministro das Finanças, durante a administração de Angela Merkel, sabe que a margem parece pouca.
“A questão, porém, é saber até que ponto conseguiremos no futuro ir além do AfD na Alemanha (…) que margem teremos em relação a todos os outros partidos”, diz Merz.
Essa é a maior interrogação das próximas eleições alemãs. A extrema direita aparece em segundo lugar nas sondagens e as promessas de virar as costas à regulamentação europeia parecem estar a atrair muito eleitorado, especialmente as que dizem respeito à industria automóvel, o coração da economia alemã.
O atual chanceller Olaf Scholz pode ainda vir a fazer parte do novo Governo, não como líder, mas o terceiro lugar que a SPD alcança nas sondagens pode vir a servir para integrar uma coligação que responda à extrema-direita.