As imagens da saída dos irmãos Tate causaram surpresa. Ambos são suspeitos de liderar uma organização criminosa dedicada à exploração sexual de mulheres, forçando-as a produzir conteúdos pornográficos para plataformas online. As acusações incluem violação, tráfico humano, relações sexuais com menor e branqueamento de capitais.
Andrew Tate deixou a prisão domiciliária em janeiro e passou a estar obrigado a manter contactos regulares com a polícia, estando proibido de sair do país, até agora.
Tate construiu a sua notoriedade nas redes sociais, onde divulgava discursos polémicos e misóginos, muitas vezes assumindo o abuso de mulheres.
"Sei como evitar que uma rapariga fuja, porque assim que a ensinas a fazer isto, ela consegue fazer dinheiro ilimitado de casa. Porque é que ela te daria esse dinheiro? Porque é que não fugiria e guardaria tudo para ela?", dizia Andrew Tate num vídeo.
Segundo o Financial Times, a libertação dos irmãos Tate surge após a administração dos EUA ter pressionado a Roménia. A influência política de Andrew Tate pode ter sido um fator determinante, já que é um apoiante vocal de Donald Trump e planeia lançar um partido político.
"Trump é o futuro do mundo ocidental. Toda a gente sabe e toda a gente precisa de se alinhar e obedecer-lhe. Ele governa o mundo. É um grande amigo meu e vou ajudá-lo", chegou a dizer Andrew Tate.
Apesar da saída da Roménia, os irmãos Tate podem ser chamados novamente à justiça romena. Mas a questão que se coloca é: responderão ao apelo ou permanecerão nos EUA?
O apoio a Donald Trump parece ter-lhes garantido um verdadeiro cartão de saída da prisão.