O Conselho Europeu Extraordinário terminou com um acordo dos 27 sobre a defesa, mas sem consenso sobre a Ucrânia. Foi aprovado o plano apresentado na terça-feira por Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Os líderes europeus concordaram em acelerar a mobilização de fundos para a Segurança.
“É um Conselho Europeu orientado não apenas para a guerra na Ucrânia, mas também para uma redireção da política externa dos Estados Unidos, que faz com que tenhamos agora que estar mais cientes do que nunca da necessidade de nos independentizarmos, se é que posso utilizar esta expressão, do chamado chapéu norte-americano”, explica Daniela Nunes.
A Hungria não assinou o texto que prevê a continuação de apoio à Ucrânia. António Costa, presidente do Conselho Europeu, diz que Viktor Orbán "está sozinho" e que isso não significa uma divisão do Bloco Europeu.
“Há aqui uma coerência em relação àquilo que tem vindo a ser a postura e a posição de Viktor Orbán, que diz que continuar a ajudar a Ucrânia e colocar a Hungria na posição dessa continuidade seria uma provocação para a Rússia e seria não enverdar verdadeiramente por um plano de paz”, refere a analista de Política Internacional.
Daniela Nunes lembra também a declaração de António Costa: “Um país isolado não cria uma divisão”, palavras do presidente do Conselho Europeu que conferem “alguma segurança não só aos demais 26, como à própria Ucrânia”, sublinha a analista.