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EUA e Israel preparam ataque contra Irão para forçar novo acordo nuclear

As movimentações de forças norte-americanas no Golfo Pérsico e os exercícios militares em conjunto com o exército israelita levantam o véu sob a ameaça que aí virá. O alvo será o Irão e o objetivo a assinatura de um novo acordo.

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Os Estados Unidos da América e Israel estarão a preparar um ataque contra o Irão, como forma de pressioná-lo a assinar um acordo nuclear. O país tem já capacidade para construir sete bombas nucleares. 

O correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, explica que o poderio nuclear iraniano está a levar à chegada ao Golfo Pérsico de uma força norte-americana “sem precedentes nas últimas décadas, para ameaçar o Irão e tentar convencê-lo a chegar "a um novo acordo nuclear. 

Esse é o grande objetivo da administração de Donald Trump”, declara. 

Operação "no princípio de junho"

Henrique Cymerman conta que, em Jerusalém, foi recebida uma mensagem na qual foi pedido ao exército israelita, sobretudo à Força Aérea e à Inteligência Militar, para estar preparado para uma operação contra as instalações nucleares do Irão dentro de dois meses, no princípio de junho.

“Porta-aviões e outras forças continuam a chegar”, aponta o correspondente da SIC em Israel, notando que há também exercícios militares conjuntos de Israel e dos Estados Unidos, filmados como forma de dissuasão. 

“O que vemos é que o Irão está mais perto do que estava de conseguir bombas nucleares e Israel tem uma preocupação enorme”, após os ataques iranianos a território israelita, no ano passado. 

Foi, assinala Henrique Cymerman, a primeira vez em 250 anos que o Irão atacou um país de forma direta, sem passar pelos seus aliados - a não ser na guerra contra o Iraque, um conflito local. 

 “O Irão atacou Israel duas vezes. Israel respondeu e neutralizou parte das suas baterias antiaéreas. É por isso que o Irão vive um momento de debilidade e é por isso que a possibilidade de um ataque militar contra as instalações nucleares volta a estar sobre a mesa, como há bastante tempo não se ouvia”, explica.