Christine Lagarde afirma que o Banco Central Europeu (BCE) está a monitorizar o impacto das tarifas de Trump nos mercados europeus. A presidente do BCE admite estar preparada para utilizar todos os instrumentos que assegurem a estabilidade financeira, como, por exemplo, alterar o rumo das taxas de juro.
Há três anos, a inflação atingiu um pico histórico. O BCE demorou a reagir, mas desta vez, com a guerra comercial, Lagarde garante estar mais atenta do que em 2022. Assegura que vai usar todos os instrumentos para garantir a estabilidade.
"O BCE está a acompanhar e está sempre pronto a utilizar os instrumentos de que dispõe, e que, no passado, apresentou os instrumentos e ferramentas adequados que eram necessários , para garantir a estabilidade dos preços e, claro, a estabilidade financeira, porque uma coisa não passa sem a outra", disse Christine Lagarde.
Na última vez que o fez, o Banco Central Europeu subiu as taxas de juro para níveis máximos, o que complicou a vida a muitas famílias e empresas. Três anos depois, a taxa de inflação cedeu, mas as tarifas impostas pelos Estados Unidos podem mudar o rumo e até provocar uma recessão.
Em teoria, a guerra comercial pode levar a um aumento generalizado dos preços e, dessa forma, fazer disparar a inflação novamente.
Na próxima quinta-feira, os governadores da zona euro reúnem-se em Frankfurt para decidir se as taxas de juro descem ou se permanecem inalteradas. Até agora, já desceram seis vezes.