Ainda com muitas limitações impostas pelos médicos e pelos problemas de saúde, o Papa entregou ao Cardeal Baldo Reína, o vigário-geral para a Diocese de Roma, a celebração da Via-Sacra.
Mas Francisco fez questão de escrever os textos que foram lidos nas 14 estações do caminho que representa a crucificação de Cristo. O trajeto foi acompanhado por milhares de fiéis na capital italiana.
O Papa, nas meditações, falou da paz, do papel das mulheres dentro da Igreja Católica e criticou o que chamou de "economia que mata", num mundo de cálculos e algoritmos, de lógica fria e interesses implacáveis.
As celebrações pascais continuam este sábado, em Roma, com a Vigília Pascal. Mas a grande dúvida é saber se o Papa estará na missa de domingo e se aparecerá, ou não, à varanda da Basílica de S. Pedro, para a habitual bênção Urbi et Orbi.
E, apesar de a Santa Sé continuar a apelar ao fim de algumas destas manifestações de fé, em muitos países, a Sexta-feira Santa é celebrada com procissões e crucificações, onde homens e mulheres cumprem promessas com grande sacrifício e dor.
Páscoa na Guatemala, México e República Checa
Na comunidade maia de Santo André, no centro-oeste da Guatemala, há a procissão dos que rastejam ao longo do percurso que separa as duas igrejas principais da vila.
Noutros locais, ao longo dos séculos, as tradições mais antigas juntaram-se às celebrações da Páscoa.
No centro do México, centenas de mascarados — que representam os que se opuseram a Cristo e o levaram à cruz — marcham pelas ruas das cidades.
Em algumas cidades da República Checa, centenas de pessoas juntaram-se, esta Sexta-feira Santa, para andarem pelas ruas empedradas e fazerem muito barulho. O objetivo é assustar e afugentar os traidores, como Judas, a figura bíblica tradicionalmente associada ao mal.