Os Emirados Árabes Unidos foram a última paragem do presidente norte-americano, que manifestou, esta sexta-feira, preocupação com a situação em Gaza.
Há quase duas décadas que um presidente dos Estados Unidos não visitava os Emirados - o último foi George W. Bush, em 2008 -, um sinal claro da importância que a administração Trump quer dar às relações económicas e diplomáticas com a região. Os EUA mantêm laços históricos com os países do Golfo, embora por vezes marcados por constrangimentos face à natureza autocrática dos regimes locais.
Para os três países visitados, entre os mais ricos do mundo, esta foi também uma oportunidade para mostrar ao mundo uma imagem de modernidade e prosperidade, ao mesmo tempo que reforçam o acesso a armamento e a tecnologia avançada.
Na prática, os Emirados Árabes Unidos preparam-se agora para acolher o maior centro de inteligência artificial fora dos Estados Unidos. O negócio foi fechado poucos dias depois de o governo dos Emirados ter anunciado que a disciplina de inteligência artificial será obrigatória em todos os níveis de ensino a partir do próximo ano letivo, incluindo no jardim de infância.
Durante toda a viagem, o conflito em Gaza foi praticamente ignorado nos discursos oficiais. Só no último dia, Donald Trump quebrou o silêncio e voltou a prometer resolver em poucas semanas um problema que já dura há décadas.