No seu espaço habitual no Jornal do Dia da SIC Notícias, o comentador Manuel Poêjo Torres analisa um dos maiores exercícios militares da NATO, que terminou esta quinta-feira.
Trata-se de uma prática habitual, explica. “A NATO, todos os anos, compromete-se a executar vários exercícios militares. E existem exercícios de diferentes escalas, exercícios terrestres, navais, aéreos. Mas depois existe um exercício por ano, que são os exercícios de alta visibilidade da NATO - equivalentes aos exercícios Zapad da Rússia - que comprometem a certificação dos comandos da NATO.”
Foi o caso do designado Deterrence 2025, para “garantir a certificação do Comando Supremo Aliado das Forças Europeias, o SHAPE, que se localiza na Bélgica”.
Este exercício empenhou várias dezenas de milhares de forças militares de 32 nações (incluindo Finlândia e Suécia) para treinar a capacidade de resposta a “ameaças multidimensionais políticas, militares, económicas 3 no ramo das informações do ciberespaço”.
“Num mundo e num momento onde vivemos uma crise profunda de desinformação, de projeção de influência através do recurso a frotas fantasma, de reposicionamento militar no flanco leste, na Bielorrússia, colocação de mísseis nucleares em Kaliningrado, no escalve entre a Polónia e a Lituânia, este é o momento certo de a NATO começar a dar alguns sinais de que está viva, que está preparada.”
Uma mensagem importante para passar ao resto do mundo, defende Manuel Poêjo Torres, recordando que “a NATO não é apenas uma organização política, é uma organização de sinalização militar que tem que dar sinais de que pode e consegue defender todo o território”.
Um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, de segunda a sexta na SIC Notícias, por volta das 13h45.