Elon Musk voltou a agitar as redes sociais com críticas duras ao projeto de lei fiscal defendido por Donald Trump. O bilionário considera o plano uma “abominação repugnante” e acusa-o de conduzir os Estados Unidos à falência.
A rutura ficou exposta depois de um ex-conselheiro de Trump confirmar as divergências. Ainda assim, o ex-presidente optou por ignorar as críticas — mesmo tratando-se de um dos seus principais doadores na corrida à Casa Branca em novembro.
“Peço desculpa, mas já não aguento mais”, escreveu Musk na plataforma X (antigo Twitter).
Acusou o orçamento de ser “pesado, ultrajante, cheio de desperdícios” e lançou farpas a quem o aprovou: “Que vergonha para os que votaram a favor.” Num post seguinte, alertou para uma “dívida esmagadora e insustentável” que, segundo ele, recairá sobre os americanos.
O dono da Tesla e da SpaceX rejeita a intenção de Trump de cortar impostos ao mesmo tempo que aumenta a despesa com defesa.
Casa Branca em silêncio, oposição ataca
Até ao momento, a Casa Branca não reagiu às declarações. Já a oposição democrata não perdeu tempo a explorar o episódio: usou as críticas de Musk como prova de que o orçamento de Trump “não serve o país”.
Do lado republicano, a resposta não tardou. Alguns congressistas acusam Elon Musk de estar a “meter-se onde não é chamado”, criticando a sua intromissão em decisões políticas.
O que prevê o plano fiscal de Trump?
O projeto de lei permite ao governo norte-americano contrair mais dívida e prolonga os benefícios fiscais aprovados durante o primeiro mandato de Trump, além de incluir novas medidas apresentadas na campanha atual.
Entre os pontos mais polémicos está o aumento de mais de 310 mil milhões de euros para reforço das fronteiras, deportações e segurança nacional.O orçamento foi aprovado por margem mínima na Câmara dos Representantes no mês passado.