O 'namoro' entre Donald Trump e Elon Musk implodiu em público e com estrondo, através dos megafones das redes sociais. O fim da relação, que estava a ter implicações políticas e económicas nos EUA e no mundo, ficou marcado por acusações cruzadas, insultos e revelações polémicas.
A tensão entre o ex-presidente norte-americano e o dono da Tesla começou com críticas de Musk ao projeto de lei fiscal de Trump, que classificou como uma "abominação nojenta", "ultrajante e cheio de carne de porco", avisando que agravaria o défice dos Estados Unidos.
Trump, por sua vez, respondeu durante um encontro com o chanceler alemão, garantindo estar "desiludido" com o bilionário e afirmando que Musk tinha conhecimento do projeto que agora criticava.
O conflito escalou quando Elon Musk publicou nas redes sociais que o nome de Donald Trump consta dos chamados "arquivos Epstein", documentos ligados ao escândalo do magnata Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e tráfico de menores.
Para João Maria Jonet, comentador SIC, esta troca de acusações confirma a disparidade entre as duas figuras.
“Eu acho que Elon Musk é uma personalidade um bocadinho fraca comparada com Donald Trump. Não é bem que ele quisesse sobrepor-se a Donald Trump em termos de ego. Ele acha que é mais inteligente do que Trump e, portanto, podia ser presidente nas costas. Mas ninguém pode ser presidente nas costas de Donald Trump. Donald Trump só funciona de frente”, afirmou o comentador.
No entanto, João Maria Jonet considera que a força da marca Trump continua a ser mais poderosa do que a de Musk.
Sobre a acusação feita por Musk em relação ao caso Epstein, o comentador SIC vê a reação como mais um sinal da instabilidade do empresário:
“A questão da acusação de pedofilia prova a fraca figura que é a Elon Musk, que vem depois de ser mais ou menos expulso da administração, ou se sentir expulso, vem dizer que apoiou uma pessoa que sabia que estava envolvida num escândalo de pedofilia", disse no Jornal da SIC Notícias.