Los Angeles viveu mais uma noite de recolher obrigatório, e a presidente da câmara já disse que será por tempo indeterminado. Embora tenham diminuído as detenções devido a atos de vandalismo, a situação permanece tensa.
A presidente da Câmara de Los Angeles estava acompanhada por outros autarcas da Califórnia. No total, foram enviados para a cidade quatro mil soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros.
Tropas treinadas para combate em cenários de conflito no estrangeiro e que treinam agora métodos para controlo de multidões dentro do próprio país. O comandante da chamada Task Force 51 justifica assim o objetivo da missão.
Autarcas apelam a manifestações pacíficas
A escalada da violência nos protestos contra a política de imigração da administração Trump acabou por se transformar num rastilho. Os protestos repetiram-se em outras cidades.
Las Vegas, El Paso e San Antonio: as mesmas imagens, as mesmas palavras de ordem, as mesmas situações de deportações consideradas injustas e arbitrárias. Centenas de pessoas nas ruas e junto de edifícios públicos a gritar palavras de ordem contra a polícia de imigração e alfândega.
Multidões semelhantes percorreram também as ruas de Nova Iorque, Chicago, Seattle e Spokane, com o descontentamento a resvalar para momentos de tensão. A intensificação dos protestos das comunidades imigrantes nos Estados Unidos está a preocupar autarcas de várias cidades, que apelam a manifestações pacíficas.
O envio de milhares de militares para Los Angeles está a ser interpretado como mais um sinal da politização das Forças Armadas. Para assinalar os 250 anos do Exército, está prevista uma parada militar este sábado, em Washington D.C. O dia escolhido para as comemorações... é o dia do aniversário de Donald Trump.