Donald Trump iniciou, esta quarta-feira, uma guerra comercial com Espanha. O governo de Madrid recusou atingir a meta dos 5% do PIB em defesa e o Presidente americano não gostou, apesar de, em Haia, ter começado o dia com um pequeno-almoço real sorridente.
Palácio real, próximo da cimeira da NATO, os reis do país anfitrião posaram com um chefe de Estado, amante de sorrisos e gestos para a câmara, enquanto a rainha manteve a compostura. Os Países Baixos - e não só - procuram agradar o 'grande líder americano'.
Por essa razão, os aliados e a NATO farão tudo o que for preciso para manter Trump satisfeito e comprometido com o artigo 5.º da Aliança Atlântica, que assegura a intervenção de defesa, no caso de um Estado-membro ser atacado.
Até 2035, os países comprometem-se a gastar 5% PIB em defesa, 3,5% em despesa direta com material militar. O restante 1,5% será para investimentos em segurança.
Espanha é a voz dissonante e não assina por baixo e garante que não poder gastar uma fortuna.
Madrid tentará atingir metas operacionais militares sem precisar de aumentar orçamento, mas muito dos parceiros duvidam.
"É injusto"
As críticas políticas são acompanhadas, do lado americano, por uma ameaça comercial.
"Estamos a negociar um acordo comercial com Espanha. Vamos obrigá-los a pagar o dobro e estou mesmo a falar a sério! Eles querem ter um pouco de liberdade, mas vão ter de nos pagar isso no comércio, porque eu não vou deixar que isso aconteça. É injusto", disse DonaldTrump.
De Haia, o Presidente americano sai comprometido com a ajuda e a proteção dos Estados Unidos aos membros da Aliança.
Quando Trump já não estiver na Casa Branca, as metas de investimento militar serão revistas em 2029.