O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, confirma que o programa nuclear sofreu sérios danos com os ataques norte-americanos do mês passado. No entanto, o governante garante que o Irão não vai desistir do programa nuclear. Com os olhos no braço de ferro entre França, Reino Unido e Alemanha, Manuel Poêjo Torres avalia se estes três países europeus ainda têm peso na diplomacia nuclear ou se dependem totalmente dos Estados Unidos.
"Não é por acaso que entre a semana passada e esta semana podem ter chegado as armas nucleares americanas ao Reino Unido. Não é apenas uma nova doutrina nuclear europeia, não é apenas uma nova coordenação nuclear americana, mas a verdade é que para os inimigos das democracias e para os inimigos das sociedades abertas, aquilo que faz realmente peso sobre a sua diplomacia é a força.
E a força nuclear é a expressão máxima da diplomacia dos ocidentais e daqueles que de facto têm armas nucleares, nomeadamente a Coreia do Norte, a China, a Rússia. E o Irão, não tendo a arma nuclear, não tem expressão política que é capaz de impor a sua posição aos outros atores do sistema internacional", explica o comentador da SIC.
Este é uma das questões em foco na análise à atualidade internacional no habitual explicador do Jornal do Dia, esta terça-feira com o comentador Manuel Poêjo Torres.