Datado do século XIX, o Royal Mint Court foi, durante décadas, uma verdadeira fábrica de moedas e medalhas. É para lá que está projetada a futura ‘mega’ embaixada da China no Reino Unido. Será a maior da Europa.
O complexo custou quase 300 milhões de euros em 2018 e ocupa uma área de 20 mil metros quadrados. Inclui o edifício histórico, onde funcionará a embaixada, e outros adjacentes que serão transformados num centro cultural e alojamento para 200 funcionários.
O plano foi apresentado às autoridades locais em 2022, mas acabou rejeitado.
Havia receios quanto ao impacto de futuros protestos e das medidas de segurança que tamanho complexo vai exigir.
Mas o que mais preocupa agora é a localização da futura embaixada, que ficará por cima de túneis por onde passam cabos de fibra ótica que ligam os dois grandes centros financeiros de Londres: a City e Canary Wharf.
Algo que já originou avisos dos EUA quanto aos perigos para o sistema financeiro britânico e mundial, devido ao risco de eventual espionagem.
Sem qualquer alteração, o projeto foi novamente apresentado em 2024. Desta vez, o Governo britânico resolveu chamar a si a decisão de aprovar ou não a empreitada, algo que ainda não aconteceu.
Não se sabe ainda se o projeto vai ter luz verde, mas a decisão, mais do que urbanística, será sobretudo política e diplomática.