Nas últimos dias, a China revelou o poder e ambição de criar uma nova ordem mundial. Depois da cimeira de Xangai, mostrou ao mundo, esta quarta-feira. numa que será a maior parada militar de sempre, as mais recentes tecnologias de defesa, os novos mísseis e os sistemas de defesa espacial.
Ao lado do Presidente chinês Xi Jinping, estavam dois aliados, Vladimir Putin e Kim Jong-un.
"Xi Jinping acusou o Ocidente de comportamentos intimidatórios em relação à China, isto enquanto desfilavam mísseis nucleares, drones submarinos de 20 metros, drones motivos a inteligência artificial e até lobos robôs como eles intitulam (...) isto é um claro sinal para o Ocidente, em particular para Donald Trump", começa por dizer o comentador da SIC Luís Ribeiro.
O líder coreano viajou no comboio pessoal até Pequim e foi acompanhado pela filha, Kim Jun Ae, que acredita-se ser a sua sucessora.
O Presidente russo, Vladimir Putin também está na China. Em conversa com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disse que a Europa estava histérica e que a Rússia nunca teve o desejo de atacar país nenhum.
Luís Ribeiro diz que esta é a primeira de "um chorrilho de mentiras" que Putin disse nesta conversa com Fico.
"Quer dizer, basta lembrar o que aconteceu desde que caiu a União Soviética. Já atacou a Moldova, já atacou a Geórgia ... além das ameaças de guerra nuclear feitas por altos responsáveis do Kremlin", aponta.
Tensão EUA - Venezuela
No explicador, Luís Ribeiro comentou ainda o mais recente caso que está a aumentar a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela.
Na terça-feira, Donald Trump anunciou que as Forças Armadas norte-americanas tinham realizado um ataque contra "os narcoterroristas" do Tren de Araguapor no qual morreram 11 "terroristas".
O comentador da SIC diz que "chegámos a um ponto em que isto é um pouco a lei da selva", uma vez que a lancha foi destruída por navios de guerra americanos, "morreram 11 pessoas e não sabemos quem são aquelas pessoas, não foram apresentadas provas de que eram narcotraficantes, não sabemos para onde é que o barco ia, não sabemos que droga levava, se levava droga, não sabemos nada".
Luís Ribeiro considera que a abordagem dos EUA devia ter sido outra e que o caso devia ter sido tratado pela Guarda Costeira.