Los Angeles transformou-se no epicentro das operações de controlo migratório nos Estados Unidos. Mas ao mesmo tempo que a patrulha fronteiriça intensifica as rusgas em toda a cidade, ativistas organizam-se para vigiar e alertar as comunidades imigrantes.
Os carros não identificados da polícia de fronteira chegam sem aviso a uma estação de lavagem automóvel em Los Angeles. São operações rápidas, planeadas para surpreender e não dar tempo de reação. A caça ao imigrante sem documentos repete-se por toda a cidade.
A vida de muitos imigrantes ilegais tornou-se de um dia para o outro um pesadelo, sendo que as autoridades garantem que tratam todos os que não tem documentos por igual.
“Já detive pessoas da Suécia, Inglaterra, França, e acontece-lhes o mesmo que a todos os outros”, garante um dos guardas fronteiriços.
Do outro lado destas operações, ativistas criaram uma rede para acompanhar os movimentos das autoridades. Apontam as matrículas e os carros usados nas operações e alertam as comunidades quando a ‘caça ao imigrante’ está na rua.
“Estamos a documentá-los porque eles fazem o mesmo connosco. Eles vêm e vigiam-nos então esta é a nossa versão.”
Enquanto os agentes multiplicam as operações, os ativistas intensificam os alertas. A comunidade imigrante sem documentos nos Estados Unidos vive agora num estado de alerta permanente.