As mulheres continuam a ter muito menos representação nas notícias, reportagens e cobertura dos meios de comunicação social. As Nações Unidas alertam que quando as mulheres não estão presentes nas notícias, a representatividade democrática fica incompleta.
O que está em causa, segundo as Nações Unidas, não é apenas a quantidade de notícias sobre mulheres nos órgãos de informação de todo o mundo, que é, notoriamente inferior à representatividade que os homens têm.
O maior problema é, sobretudo, o tipo de notícias e reportagens centradas nas mulheres, que raramente as mostram como casos de sucesso ou, sequer, como sendo responsáveis pelo funcionamento de grande parte das sociedades de todo o planeta.
Ou seja, a ONU diz que os meios de comunicação social têm de garantir que quem lê, ouve ou vê notícias, percebe a importância das mulheres, e o papel relevante que têm no mundo.
E que o que está em causa é mesmo a democracia porque, sem representatividade feminina, o processo democrático pode estar em causa. Porque exclui uma parte significativa da população.
As Nações Unidas lembram que é preciso respeitar a igualdade de género e lembrar ao mundo que as mulheres têm capacidades de liderança iguais às dos homens, e que, em muitos países, são as principais responsáveis, pela educação, sobrevivência e estabilidade de milhões de famílias.
Por outro lado, é importante que as notícias sobre violência de género se foquem na defesa das vítimas, que não contribuam para mais preconceitos e estereótipos.