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AR3 Evolution: o drone português feito à medida das necessidades ucranianas

A feira de equipamentos de defesa em Londres está a decorrer com protestos à porta, apresentando novidades da indústria, incluindo o novo drone AR3 Evolution da empresa portuguesa Tekever, desenvolvido com base nas necessidades dos militares ucranianos.

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Com protestos à porta, está a decorrer em Londres a feira de equipamentos de defesa. Este é um dos maiores eventos da indústria, que coincide com o reforço dos orçamentos nacionais nesta área. A empresa portuguesa Tekever apresentou um novo drone, feito à medida das necessidades dos militares ucranianos.

O AR3 Evolution é o mais recente drone criado pela empresa portuguesa Tekever, especializada no desenvolvimento e produção de sistemas de aeronaves não tripuladas. A apresentação decorreu em Londres, numa das maiores feiras da indústria da defesa. Fundada há 24 anos, a empresa atingiu em maio o estatuto de unicórnio.

A urgente necessidade de drones, sobretudo devido à guerra na Ucrânia, tornou a Tekever um ativo fundamental para vários cenários militares e civis. O novo aparelho introduz mais de 100 alterações ao anterior modelo, todas resultado da experiência das forças ucranianas.

Como um jogo de Lego

O AR3 Evolution permite diferentes configurações, como se fosse um jogo de Lego. Sempre sem capacidade letal, o drone abre as suas asas para vigilância e reconhecimento.

Desde há 26 anos, de forma bienal, o mundo que gravita em torno da indústria da defesa reúne-se em Londres para mostrar as novidades. Estes equipamentos, que vão desde os sistemas mais pesados até aos mais ligeiros, são responsáveis por incontáveis mortes, incluindo os de Inteligência Artificial.

A Europa aumentou rapidamente os orçamentos de defesa e o investimento na indústria de drones nunca foi tão relevante. Se há quem os construa, há também quem os abata.

Protestos à porta

Mesmo na atual conjuntura de maior despesa nesta área, há quem se queixe do negócio. Este é o caso de uma empresa indiana, de terceira geração, a trabalhar em 25 países, na produção de emblemas e insígnias.

Tal como tem sido recorrente em edições anteriores, os protestos fizeram-se ouvir à porta desta feira de equipamentos de defesa e segurança internacional. A indústria que lucra com conflitos armados é acusada por movimentos pró-palestinianos de cumplicidade no genocídio em Gaza.