Desde que regressaram ao poder no Afeganistão, em 2021, depois da retirada dos Estados Unidos, os talibã centraram grande parte das decisões no controlo sobre as mulheres. A mais recente é a proibição das universidades usarem livros escritos por mulheres, mesmo que sejam livros técnicos.
Recorde-se que nas universidades afegãs só estudam homens, porque elas também estão proibidas de irem às aulas.
Direitos humanos não são tema nas aulas
Para além de banirem os livros escritos por autoras, as autoridades também decidiram proibir todas as cadeiras que abordem temas como os direitos humanos ou o assédio sexual.
O ministério da Educação diz que são assuntos que entram em conflito com os princípios da Sharia, o código de conduta que guia os muçulmanos em todos os aspectos da vida, mas que os talibã interpretam de uma forma radical.
Banidos 140 livros e 800 textos
Com esta nova decisão, foram banidos 140 livros e 800 textos escritos por mulheres. Um deles era sobre técnicas de segurança em laboratórios.
A Organização das Nações Unidas dizem que é mais uma medida para travar os direitos das mulheres e silenciá-las.
Desde que assumiram o controlo em Kabul, os talibã já proibiram as mulheres de falar, cantar ou orar em voz alta. A lei do vício e da virtude, como lhe chamaram, também tenta apagá-las da vista, ordenando que as mulheres cubram todas as partes do corpo e rosto sempre que estiverem em público.