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Trump ameaça Venezuela com consequências "incalculáveis" se se recusar a receber migrantes

Presidente norte-americano diz que a Venezuela tem de aceitar "imediatamente todos os prisioneiros e internados de hospitais psiquiátricos (...) que os dirigentes venezuelanos empurraram à força para os Estados Unidos".

Trump ameaça Venezuela com consequências "incalculáveis" se se recusar a receber migrantes
Annabelle Gordon/Reuters

O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou este sábado a Venezuela com consequências "incalculáveis" se o Governo venezuelano não aceitar os "prisioneiros e internados dos hospitais psiquiátricos", que foram "empurrados" para os EUA.

"Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os prisioneiros e internados de hospitais psiquiátricos (...) que os dirigentes venezuelanos empurraram à força para os Estados Unidos", escreveu o Presidente norte-americano na Truth Social, rede social que o republicano detém, acrescentando: "Façam-nos sair do nosso país imediatamente, senão o preço que vocês pagarão será incalculável".

Donald Trump, que envolveu os Estados Unidos numa luta implacável contra a imigração ilegal ao multiplicar as expulsões, aumentou recentemente a pressão diplomática e militar sobre a Venezuela.

EUA acusam Maduro de liderar uma vasta organização de tráfico de droga

Os Estados Unidos destacaram, oficialmente para uma operação antidroga, vários navios de guerra nas Caraíbas e 10 aviões de combate F-35 em Porto Rico, território da região associado aos Estados Unidos.

Washington acusa o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, e o seu Governo de liderar uma vasta organização de tráfico de droga para os Estados Unidos, e anunciou ter recentemente destruído vários barcos de "narcoterroristas".

Caracas nega vigorosamente essas acusações e, em resposta ao destacamento norte-americano considerado uma "ameaça militar", iniciou exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, a cerca de 65 quilómetros do continente venezuelano.

Nicolás Maduro, no poder não reconhecido pelos Estados Unidos, denunciou "um plano imperial visando uma mudança de regime" para "roubar o petróleo" do país, com o seu ministro da Defesa a ver nisso uma "guerra não declarada".