Confrontos entre gangues rivais numa prisão do sudoeste do Equador resultaram na morte de 14 pessoas, entre as quais 13 reclusos e um guarda, anunciou esta segunda-feira a polícia.
Ao entrar na prisão de Machala, a polícia encontrou "14 pessoas mortas", disse um polícia, de cara tapada, ao canal de televisão Ecuavisa.
O mesmo agente informou ainda que outras 14 pessoas tinham ficado feridas nos confrontos e que "alguns reclusos" tinham fugido, 13 dos quais foram entretanto encontrados.
Na semana passada, o Presidente equatoriano, Daniel Noboa, propôs um referendo para a elaboração de uma nova Constituição que fortaleça o aparelho repressivo do país contra o tráfico de droga e o crime organizado.
As propostas, incluindo uma que autorizaria a castração química de violadores, foram rejeitadas pelo Tribunal Constitucional, cuja aprovação é necessária para reformar a Constituição.
O Presidente tem questionado as decisões do tribunal superior, que acusou de rejeitar as propostas legislativas por "puro ativismo político" contra a vontade dos equatorianos.
Com portos no oceano Pacífico, uma economia baseada no dólar norte-americano e uma localização entre a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador tornou-se o ponto de partida de 70% da cocaína mundial, de acordo com dados oficiais.
Segundo a Insight Crime, o país de 18 milhões de habitantes era também o mais perigoso da América Latina em 2024, com 39 homicídios por cada 100 mil habitantes.
Com Lusa