A arqueóloga da National Geographic, Kathleen Martínez, terá encontrado debaixo de água, a cerca de 50 quilómetros de Alexandria, no Egito, um antigo porto marítimo, onde poderá estar o túmulo perdido de Cleópatra, a última faraó do Antigo Egito, que morreu há mais de 2000 anos.
Durante séculos, a dinastia ptolomaica dominou o Antigo Egito, tendo tido Cleópatra como última líder feminina.
Os restos mortais da mundialmente conhecida figura histórica, que morreu em 30 a.c., permanecem em parte incerta, mas Kathleen Martínez, arqueóloga proveniente da República Dominicana, encontrou, nas profundezas do Mar Mediterrâneo, ao largo da cidade egípcia de Borg El Arab, um antigo porto, que está conectado com o que foi em tempos a cidade de Taposiris Magna, anunciou o Ministério do Turismo e das Antiguidades egípcio, citado pela National Geographic.
Segundo Martínez, o porto agora descoberto “teria todas as condições para ser o local de enterro de Cleópatra”.
Acredita-se que Taposiris Magna era, para além de um centro religioso, um centro de comércio relevante no Mediterrâneo.
Há três anos, a arqueóloga já havia anunciado a descoberta de artefactos e estruturas nas ruínas do templo de Taposiris Magna, infraestrutura construída durante o reinado de Cleópatra.
Nessa mesma localização, foi encontrado um túnel, a 12 metros de profundidade, que ligava terra ao antigo porto agora descoberto.
O seu interior continha vários artefactos que remontam ao período do Antigo Egito.
“O porto estava ativo durante o tempo de Cleópatra e até antes, no início da dinastia”, disse, citada pela National Geographic.
"Continuaremos a procurar em terra e debaixo de água"
Para explorar o túnel, a especialista contou com a ajuda do arqueólogo marinho e explorador da National Geographic Bob Ballard, conhecido por ser o homem por detrás da descoberta dos destroços do Titanic.
Martínez crê que o corpo de Cleópatra foi levado para Taposiris Magna e, posteriormente, transportado através do túnel antes de ser sepultado e escondido no porto em questão, onde foram encontrados indícios de que aquela zona, foi, em tempos, um local costeiro.
Para a arqueóloga, a descoberta deste porto submerso aproximou-a do grande objetivo.
"Continuaremos a procurar em terra e debaixo de água. Este é o início de uma tarefa gigantesca", garantiu.
A especialista e a sua equipa preveem continuar as escavações no local onde acreditam vir a encontrar os restos mortais de uma das principais figuras dos livros de História.