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Lufthansa vai cortar 4 mil postos de trabalho até 2030

A redução de pessoal, a maior desde a pandemia da Covid-19, será feita "em concertação com os parceiros sociais" e "o foco será colocado nos cargos administrativos, em vez das funções operacionais", precisou a empresa alemã num comunicado publicado durante o dia do investidor do grupo.

Lufthansa vai cortar 4 mil postos de trabalho até 2030
Kai Pfaffenbach/Reuters

A Lufthansa, o maior grupo aéreo europeu, anunciou, esta segunda-feira, a eliminação de 4.000 postos de trabalho até 2030, principalmente na Alemanha, no âmbito de um plano destinado a reforçar a rentabilidade.

A redução de pessoal, a maior desde a pandemia da Covid-19, será feita "em concertação com os parceiros sociais" e "o foco será colocado nos cargos administrativos, em vez das funções operacionais", precisou a empresa alemã num comunicado publicado durante o dia do investidor do grupo.

O Grupo Lufthansa manifestou no início do mês a intenção de analisar "cuidadosamente" o caderno de encargos da reprivatização da TAP, considerando na altura ser "o melhor parceiro" para a companhia aérea portuguesa "e para Portugal".

A Lufthansa destacou a ligação histórica à TAP através da Star Alliance e o investimento em novas instalações de manutenção perto do Porto.

"Aguardamos com interesse a entrada no processo para avaliar os requisitos definidos pelo Governo e a viabilidade comercial de um eventual investimento", respondeu o grupo alemão quando questionado pela Lusa sobre a aprovação do caderno de encargos e calendário do processo de reprivatização da companhia aérea portuguesa.

Na semana passada, a Parpública, gestora das participações estatais, informou que os interessados na compra de até 44,9% do capital da TAP devem enviar a sua declaração de interesse por e-mail até às 16:59 de 22 de novembro.

O caderno de encargos prevê também que 5% do capital ficará reservado aos trabalhadores, conforme a Lei das Privatizações, e o futuro comprador terá direito de preferência sobre a fatia não subscrita.

A Alemanha e algumas das suas empresas emblemáticas estão mergulhadas numa crise, com uma recessão durante dois anos consecutivos e o desemprego no nível mais alto da última década. Vários fatores estão em causa: a concorrência chinesa, o preço da energia, o atraso na implantação de novas tecnologias, entre outras.