O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou esta quinta-feira que a decisão do Supremo Tribunal – que revogou o direito ao aborto – foi “destabilizadora” e desafia o “direito à privacidade”.
A discursar na Cimeira da NATO, o presidente dos Estados Unidos disse que a decisão do Supremo Tribunal é “destabilizadora”, pelo que apoia uma mudança das regras do Senado. No entanto, o presidente norte-americano acredita que não afeta a posição do país perante o resto do mundo.
“Não encontram uma pessoa, um líder mundial, que diga que a América está a andar para trás. A América está melhor posicionada para liderar o mundo do que alguma vez esteve. Temos a economia mais forte do mundo, as nossas taxas de inflação dão mais baixas do que outras nações do mundo”, começo por dizer Biden.
“A única coisa que tem sido destabilizadora é o comportamento escandaloso do Supremo Tribunal dos EUA ao revogar, não só ‘Roe v. Wade’, mas essencialmente ao desafiar o direito à privacidade”, acrescentou.
“Percebo por que o povo norte-americano está frustrado com o que o Supremo Tribunal fez”, afirmou, garantindo que vai apoiar uma mudança das regras de bloqueio do Senado para permitir a aprovação, por maioria simples, de uma lei que proteja o direito ao aborto em todo o país.
Recorde-se que o direito ao aborto foi estabelecido no caso histórico de 1973, conhecido como “Roe v. Wade“, em que foi decidido que as mulheres grávidas têm o direito constitucional de interromper a gravidez até ao ponto de viabilidade fetal.
A 24 de junho, o Supremo Tribunal dos EUA revogou o direito constitucional ao aborto.
COM LUSA
SAIBA MAIS
- Aborto nos EUA: vocalista dos Green Day “renuncia” à cidadania norte-americana
- Aborto nos EUA: senadores acusam juiz do Supremo de lhes ter mentido
- Aborto nos EUA: fim de semana marcado por grandes protestos
- Revogação do direito ao aborto nos EUA: Uma decisão histórica ou um retrocesso civilizacional?
- Aborto nos EUA: Kamala Harris alerta para perigo de crise sanitária
