Guerra Rússia-Ucrânia

Adesão da Finlândia à NATO: “Significa uma Aliança mais forte, mas ao mesmo tempo mais sujeita a perigos”

Ricardo Alexandre, comentador SIC, analisa o pedido de adesão à Aliança Atlântica.

Adesão da Finlândia à NATO: “Significa uma Aliança mais forte, mas ao mesmo tempo mais sujeita a perigos”

Ricardo Alexandre, diretor adjunto da TSF e comentador SIC, explica em entrevista na SIC Notícias que o pedido de adesão da Finlândia à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se deve a uma mudança da opinião pública finlandesa.

“Esta decisão vai ao encontro daquilo que é o acolhimento da ideia por parte da opinião pública finlandesa […]. A invasão da Ucrânia por parte da Rússia mudou tudo […]. Aumentou de forma exponencial o sentido de insegurança que os finlandeses têm […], os suecos mais ou menos no mesmo caminho”, diz.

O comentador SIC considera que a Aliança Atlântica vai poder contar com “mais dois membros, que são de sociedades desenvolvidas, países ricos, bem apetrechados do ponto de vista técnico-militar”.

“Significa uma Aliança mais forte, mas ao mesmo tempo mais sujeita a perigos decorrentes desta situação. Mas foi uma situação que Vladimir Putin criou. Putin revelou-se um estratega péssimo”, afirma.

PUTIN PODERÁ VIR A NEGOCIAR UM CESSAR-FOGO?

Sobre se esta “manifestação de força” poderá forçar Vladimir Putin a negociar um cessar-fogo ou uma declaração de paz, Ricardo Alexandre não se diz muito crente.

“Não parece que a Rússia esteja apostada nessa lógica negocial […]. Uma negociação mais abrangente, mais conclusiva que envolva um acordo político de longa duração, não me parece que esteja em cima da mesa nesta altura. Acho que é algo incontornável, dificilmente este conflito entre a Rússia e a Ucrânia […] vai ter uma solução militar, será necessário uma solução política”, diz.

ONU APROVA INVESTIGAÇÃO A VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS DA RÚSSIA NA UCRÂNIA

Depois de o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas ter aprovado, esta quinta-feira, uma resolução que estabelece a abertura de uma investigação a alegados abusos por parte das tropas russas na Ucrânia, o comentador SIC fala num trabalho a longo prazo.

“É importante, tem um significado político forte, mas não quer dizer que apesar de ter começado rápido não vá ser um trabalho de curto-prazo. Vai ser provavelmente um trabalho longo”, conclui.

SAIBA MAIS

A PÁGINA DO CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA