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Alterações climáticas: indústria fóssil tem a humanidade agarrada pela garganta, diz Guterres

Secretário-geral da ONU acusa mesmo que esta indústria de explorar “as mesmas táticas escandalosas que a indústria do tabaco umas décadas antes”.

Alterações climáticas: indústria fóssil tem a humanidade agarrada pela garganta, diz Guterres

O secretário-geral da ONU, na sexta-feira atacou a indústria dos combustíveis fósseis, acusando-a de “agarrar a humanidade pela garganta”, e apelou a que os dirigentes das grandes economias “acabassem com a era dos combustíveis fósseis”.

“O primeiro dever de um dirigente é proteger as populações dos perigos evidentes e atuais. Nada é mais claro ou atual do que o perigo da expansão das energias fósseis”, disse o principal dirigentes da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ao se dirigir ao fórum das grandes economias sobre a energia e o clima.

“Mesmo a curto prazo, os combustíveis fósseis não têm qualquer sentido político ou económico. Portanto, parece que estamos armadilhados num mundo em que os produtores de combustíveis fósseis e os financeiros têm a humanidade agarrada pela garganta“, acrescentou Guterres.

O chefe da ONU acusou a indústria fóssil de ter tentado, ao longo de décadas, convencer dirigentes e a opinião pública da sua pouca responsabilidade nas alterações climáticas e de procurar “sabotar as políticas climáticas ambiciosas”.

Acentuou mesmo que esta indústria “explorou as mesmas táticas escandalosas que a indústria do tabaco umas décadas antes”.

Defendeu que, “tal como os interesses ligados ao tabaco, os interesses dos combustíveis fósseis e os seus cúmplices financeiros não devem escapar à sua responsabilidade“.

O secretário-geral da ONU acabou a sua intervenção com um apelo forte aos dirigentes: “A crise climática é a nossa urgência número um”.

Com esta base, adiantou: “As energias renováveis são plano de paz para o século XXI. Conto com os vossos governos para acabar com a era dos combustíveis fósseis. A revolução das energias renováveis começa agora”.

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