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Autoridades brasileiras vão pedir extradição de Nelma Kodama, primeira denunciante do Lava Jato

Foi detida em Portugal na terça-feira por suspeitas de liderar uma rede internacional de tráfico de droga.

Autoridades brasileiras vão pedir extradição de Nelma Kodama, primeira denunciante do Lava Jato

As autoridades brasileiras vão pedir a extradição de Nelma Kodama detida na terça-feira em Portugal por suspeitas de liderar uma rede internacional de tráfico de droga. A primeira denunciante do processo Lava Jato é suspeita de usar jatos privados para transportar cocaína do Brasil para a Europa.

Chamam-lhe imperatriz ou dama do Lava Jato, o maior esquema de lavagem de dinheiro e suborno de políticos na história do Brasil.

Foi detida num dos mais caros hotéis de Lisboa, onde ostentava uma vida de luxo. Passou, entretanto, a noite detida e nas próximas horas ficará a saber se o tribunal da Relação aceita o pedido de extradição das autoridades de Salvador da Baía.

À luz da investigação conjunta entre Portugal e Brasil, Nelma Kodama é uma das cabecilhas de uma rede criminosa de tráfico de droga que usaria jatos privados para fazer chegar cocaína à Europa.

Num dos voos com destino ao aeródromo de Tires em Lisboa foram aprendidos 500 quilos escondidos na fuselagem do avião.

Nelma foi a primeira denunciante da operação Lava Jato. Em 2014 foi condenada a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa. mas acabou por ser libertada por um indulto do então presidente do Brasil Michel Temer.

Entre os seis detidos esta quarta-feira, era a única que estava em Portugal. A atual secretária foi também detida no Brasil, assim como o antigo namorado Rowles Magalhães, um advogado que, segundo a polícia federal, teria usado o ex-presidente do Boavista João Loureiro, que também seguia no voo, para iludir as autoridades e afastar suspeitas.

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