A vice-Primeira-Ministra da Ucrânia pede que seja respeitado o cessar-fogo para permitir a saída dos mais vulneráveis. “Posso confirmar que a Rússia violou o acordo”, garantiu, mas Moscovo nega.
“Às 11:45, a Federação russa começou a bombardear a cidade de Volnovakha com artilharia pesada. Como sabem, existia um acordo preliminar a partir das 9:00 para criar corredores humanitários em Mariupol e Volnovakha. Posso confirmar que a Rússia violou o acordo”, afirmou a vice-Primeira-Ministra da Ucrânia.
O cessar-fogo temporário acordado entre as partes, para permitir a saída de civis de duas cidades na Ucrânia, não foi respeitado. As autoridades ucranianas culpam o Exército russo de estar a bloquear a prometida passagem segura com bombardeamentos, enquanto Moscovo aumentava o controlo na costa sul.
O Ministério da Defesa russo disse que tinha concordado com as rotas de evacuação em Mariupol, um porto estratégico, e na cidade oriental de Volnovakha, que estão sob fortes ataques há vários dias, mas as autoridades ucranianas desistiram da retirada de civis, perante a permanência de combates em ambas as regiões.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) descreveu como “dilacerante” a situação em Mariupol, onde a retirada de moradores foi adiada, apelando às partes que protejam os civis na Ucrânia, haja ou não um corredor humanitário.
“Entendemos que as operações de saída segura de Mariupol e Volnovakha não vão começar hoje. Continuamos a dialogar com as partes sobre a passagem com toda a segurança de civis das várias cidades afetadas pelo conflito”, refere o CICV em comunicado.