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Cimeira G7: manifestantes contra evento pedem medidas legais por limites ao protesto

O organizador do protesto, Franz Haslbeck, afirmou que o local do protesto não está em conformidade com uma decisão judicial emitida em conexão com o último G-7 em Elmau.

Cimeira G7: manifestantes contra evento pedem medidas legais por limites ao protesto

Os organizadores dos protestos contra a cimeira do G7, a decorrer em Elmau, na Alemanha, reivindicam medidas legais para derrubar as restrições que limitam o seu direito a protestos pacíficos.

A agência de notícias alemã DPA adiantou este domingo que o grupo de protesto chamado “Stop G7 Elmau” foi informado de que poderá realizar um protesto na segunda-feira com até 50 participantes, que serão escoltados pelo cordão de alta segurança até uma zona a 500 metros do local onde decorre a cimeira.

Citado pela agência, o organizador do protesto, Franz Haslbeck, afirmou que o local do protesto não está em conformidade com uma decisão judicial emitida em conexão com o último G-7 em Elmau, em 2015, que estipulou que a manifestação deve estar ao “alcance dos olhos e dos ouvidos” do local.

Vários comícios organizados por grupos de esquerda estão previstos decorrer na segunda-feira, muito mais longe do local onde os líderes do G7 estão reunidos.

Ativistas com máscaras com a cara dos líderes do Grupo dos Sete manifestaram-se este domingo numa praça em Garmisch-Partenkirchen, perto do local da cimeira do G7. Vestindo tradicionais trajes bávaros e cabeças enormes que lembram as do presidente dos EUA, Joe Biden, do chanceler alemão, Olaf Scholz e de outros líderes, os ativistas fingiram “assar” um planeta Terra numa grelha.

“Esperamos um sinal forte de que vão cumprir com o Acordo de Paris e que avançarão com medidas claras para a proteção climática” afirmou Charlotte Becker, do grupo Oxfam.

A organização não-governamental exige também o pagamento de uma taxa sobre lucros exagerados auferidos durante o período da pandemia da covid-19 e que dizem ter gerado centenas de milhões de dólares. Dinheiro que deveria ser usado para combater a pobreza e a fome a nível mundial, disse Charlotte Becker.

A polícia distribuiu milhares de agentes pela vila bávara de Elmau, local onde se realiza a cimeira, nas proximidades da Garmisch-Partenkirchen e de Munique. A porta-voz da polícia, Carolin Englert, disse à agência noticiosa alemã que até à data os protestos têm decorrido de forma ordeira.

Os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) estão reunidos no sul da Alemanha a partir deste domingo para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO em Madrid.

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