O contra-ataque ucraniano desta madrugada ao porto de Berdyansk, que estava sob o comando russo praticamente desde o início da ofensiva, e a destruição de um navio russo são sinal de que Kiev está a conseguir recapturar algum do território perdido. O comentador Nuno Rogeiro explica a importância desta conquista da marinha ucraniana.
O porto de Berdyansk, que se situa a cerca de 80 quilómetros da cidade de Mariupol, estava nas mãos dos russos desde o dia 27 de fevereiro, ou seja, “estava tomado praticamente desde o princípio desta invasão”, lembra Nuno Rogeiro.
Mas, na última madrugada, isso mudou. A operação a que os ucranianos “chamam de ‘nova esperança’ começou ontem de manhã” e teve como objetivo “a retomada de parte do território”. E “teve reflexos”, desde logo, “em Berdyansk, um porto que é importante e que estava tomado praticamente desde o princípio desta invasão e que é (…) essencial para o controlo do mar de Azov, e é relativamente próximo – cerca de 80 quilómetros – de Mariupol, a cidade martirizada”.
“Esse ataque por ser um ataque relâmpago e por ter tido como objetivo parte da força anfíbia da armada russa, quer do destacamento do mar de Azov quer da armada russa no mar Negro, foi extremamente significativa”, salienta Nuno Rogeiro.
“Há uma velha expressão que é ‘morrer sim mas devagar’. Acho que é isso que os ucranianos estão a fazer, estão a vender cara a pele“, vinca o comentador da SIC.
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