As candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO, em reação à ofensiva russa contra a Ucrânia, constituem um “erro grave”, declarou esta segunda-feira o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Ryabkov.
“É um grave erro adicional cujas consequências podem ser consideráveis”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo citado pela agência russa Interfax.
De acordo com Serguei Ryabkov, a resposta da Rússia “vai depender das consequências práticas da adesão” dos dois países escandinavos à Aliança Atlântica.
“Para nós, é evidente que a segurança da Suécia e da Finlândia não vai sair reforçada desta decisão”, sublinhou acrescentando que “o nível da tensão militar [está] a aumentar”.
Os sociais democratas no poder na Suécia aprovaram no domingo a candidatura à NATO, pouco depois de o executivo da Finlândia ter anunciado vontade em aderir à organização que Moscovo considera “ameaça existencial”.
Para a Suécia e para a Finlândia, dois países que nunca fizeram parte da NATO, as candidaturas são resultado da ofensiva russa contra a Ucrânia, onde a Rússia constitui uma ameaça para os países vizinhos. A Finlândia, em particular, partilha uma fronteira terrestre de 1.300 quilómetros com a Rússia.
Entre outros motivos, Moscovo justificou a invasão da Ucrânia referindo-se à proximidade de Kiev à NATO, através do estreitar das relações políticas, diplomáticas e militares. Com a intervenção militar russa contra a Ucrânia iniciada a 24 de fevereiro, o regime de Moscovo pretendia afastar a influência do “Ocidente”.
Os países da NATO reforçaram ainda o envio de armamento para as forças ucranianas que combatem o Exército da Rússia desde a nova invasão de fevereiro.
Veja também
SAIBA MAIS
- Guerra na Ucrânia: Presidente bielorrusso estará a ponderar o seu apoio à Rússia
- “Se fosse russo, começava a pensar que Putin é um agente norte-americano a trabalhar contra a Rússia”
- Forças de Kiev reclamam avanços militares no leste da Ucrânia
- Kiev anuncia avanços no leste da Ucrânia, autoridades iniciam reconstrução em Kharkiv
- Bruxelas divulga hoje previsões económicas que já devem refletir efeitos da guerra na Ucrânia