Paulo Rangel criticou esta sexta-feira as afirmações do primeiro-ministro António Costa em relação à adesão da Ucrânia à União Europeia. Há três dias, numa entrevista ao Finantial Times, o primeiro-ministro disse que a adesão da Ucrânia não é a solução imediata e pode criar “falsas expectativas” e até resultar em “frustração”.
“Deu um tiro no pé ao tentar agradar àquilo que era a posição aparente do eixo franco-alemão. Não havia condições para dizer que não à Ucrânia nesta altura”, disse o eurodeputado.
O chefe do Executivo português afirmou que importa mais discutir como é que a UE vai juntar os 9 mil milhões de euros, que se comprometeu a dispensar à Ucrânia este ano e assegurar a manutenção do apoio.
Até ao Conselho Europeu, marcado para os dias 23 e 24 de junho e onde será analisada a proposta de adesão da Ucrânia, António Costa defende que os países falem para evitar que fiquem ainda mais evidentes as divisões.
Esta sexta-feira, a Comissão Europeia recomendou que a Ucrânia receba o estatuto oficial de candidato à União Europeia (UE). A decisão surgiu após ter havido um entendimento para que a Ucrânia realizasse algumas reformas necessárias, explicou a presidente da Comissão Europeia.
A Ucrânia diz estar “muito agradecida” perante esta decisão e espera que os líderes europeus aprovem o estatuto de candidato à UE do país na próxima semana.