O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, pediu esta quinta-feira aos habitantes que deixaram a cidade – depois dos bombardeamentos russos – que se mantenham afastados, já que a capital ucraniana está em alerta e não está totalmente segura.
A mensagem do autarca foi publicada na rede Telegram horas depois de a Rússia ter ameaçado bombardear os centros de comando da capital caso o exército ucraniano ataque ou efetue alguma ação de sabotagem em território russo.
“Amigos! Hoje ainda é cedo para fazer um regresso em massa às vossas casas em Kiev”, alertou Klitschko, um ex-boxeador profissional.
“Confiamos nas recomendações dos militares e eles garantem que a ameaça continua a ser muito grande“, disse, acrescentando que “a maior ameaça é o lançamento de foguetes” e também as minas espalhadas pelos territórios adjacentes à capital.
O autarca lembrou que “infelizmente” já existem casos de mortes em consequência de explosões nos territórios minados pelos ocupantes.
“A nossa principal missão é salvar a vida das pessoas e ter paz. Portanto, não há necessidade de voltar a correr para a capital. Quem regressar, deve pesar todos os riscos”, alertou.
O presidente da câmara de Kiev referiu ainda que “o país vive sob lei marcial” e que, embora “Kiev esteja mais calmo agora”, os cidadãos não devem esquecer-se “que o objetivo do agressor era a capital”.
O exército ucraniano “alega que o agressor não abandonou os seus planos e pode começar a executá-los a qualquer momento, portanto, devemos ser extremamente cuidadosos e ouvir as recomendações dos militares”, insistiu Vitali Klitschko.
Os ataques do exército russo a Kiev e arredores cessaram nos últimos dias e passaram a concentrar-se no leste do país, onde Moscovo está a reagrupar as suas tropas para provavelmente lançar uma nova ofensiva destinada a controlar a região do Donbass.
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