Por questões de segurança, a Amnistia Internacional de Moscovo começou a funcionar de Helsínquia. O responsável, Aleksandr Artemev, conta aos enviados especiais da SIC como a situação se deteriorou e como as sanções também afetam os ativistas.
Aleksandr Artemev chegou há sete dias a Helsínquia, onde continuará o trabalho na Amnistia Internacional. A sede continua a funcionar em Moscovo, mas não há garantias por mais quanto tempo.
Da Finlândia, o trabalho passa por apoiar os ativistas que se manifestam na Rússia contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a guerra, num país onde é cada vez mais difícil protestar.
Em 2017, a Amnistia Internacional de Moscovo foi fechada. Mais tarde reabriu, mas desde aí que tem enfrentado sucessivas leis que vão dificultando o financiamento das organizações não governamentais.
Aleksandr alerta ainda que as sanções e bloqueios feitos ao país podem revelar-se contraproducentes.
A palavra “guerra” está proibida e vários manifestantes têm sido detidos e sujeitos a elevadas multas e penas de prisão. Vários ativistas deixaram já o país, o que levanta a questão: se será possível um movimento de contestação?