Guerra Rússia-Ucrânia

Amnistia Internacional pede que “se faça justiça” perante mais de 600 civis mortos em Kharkiv

Pedro Neto, diretor Executivo da Amnistia Internacional em Portugal, em entrevista à SIC Notícias, afirma que chegaram a “conclusões dramáticas” nesta investigação em Kharkiv.

Amnistia Internacional pede que “se faça justiça” perante mais de 600 civis mortos em Kharkiv

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A Amnistia Internacional apresentou um relatório de investigação, onde acusa a Rússia de crimes de guerra pela morte de centenas de civis em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Pedro Neto, diretor Executivo da Amnistia Internacional em Portugal, em entrevista à SIC Notícias, explica que investigação em Kharkiv teve vários momentos, explicando que entrevistaram cerca de 160 pessoas e visitaram muitos dos locais onde aconteceram bombardeamentos.

“Chegamos a conclusões dramáticas”, diz Pedro Neto. A Amnistia Internacional conseguiu perceber que pelo menos 606 civis perderam a vida em Kharkiv e houve pelo menos 1.248 feridos. “Números que pecam por defeito”, acrescenta o diretor da Amnistia Internacional em Portugal.

A Amnistia Internacional apela a que “se faça justiça” e que as famílias dos civis mortos e os feridos possam ser indemnizados.

Na investigação, a AI diz que encontrou fortes evidências de que as forças russas usaram repetidamente munições “cluster 9N210 e 9N235”, bem como explosivos de dispersão, ambas proibidas por tratados internacionais, devido aos seus efeitos indiscriminados.

Embora a Rússia não seja tenha assinado a Convenção sobre Munições Cluster ou a Convenção de Proibição de Minas Antipessoal, o Direito Internacional Humanitário proíbe ataques indiscriminados e o uso de armas que, pela sua natureza, tenham efeitos indiscriminados, pelo que, conforme acentua a AI, dirigir ataques indiscriminados que causem morte ou ferimentos à população civil constituem crimes de guerra.

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