A líder parlamentar do PCP rejeita qualquer aproximação do partido ao presidente russo. Paula Santos diz ainda que os comunistas teriam a mesma decisão caso fosse Vladimir Putin a falar no Parlamento português.
Para o PCP, convites à Assembleia da República não servem para abordar a questão da invasão russa da Ucrânia.
“É necessário parar o cessar-fogo, é necessário parar os bombardeamentos de todas as partes”, propõe a líder parlamentar comunista.
Paula Santos garante que os comunistas não estão do lado dos russos, uma vez que, caso fosse Vladimir Putin a falar no Parlamento português, a postura, garante, seria idêntica.
O PCP recusou marcar presença “numa sessão na Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra contrária à construção do caminho para a paz”.
“Não podemos ignorar que há uma guerra na Ucrânia desde 2014, que desde 2014 morrem pessoas na Ucrânia, que foi colocado um poder que é xenófobo e belicístico que persegue a sua população. Por isso, é que o PCP condena todo o processo, o golpe, a intervenção militar da Rússia e a ingerência dos Estados Unidos, da NATO e da UE”, afirmou a líder parlamentar.