Uma extensa coluna militar russa de 64 quilómetros está a caminho de Kiev. O comentador da SIC, Nuno Rogeiro, avisa que esta coluna tem agora “uma nova tática” e um objetivo definido: “arrasar Kiev antes de alguém entrar a pé”. Mas, reitera, “a determinação” do povo ucraniano vai provocar surpresas.
Há seis dias que a Ucrânia resiste à invasão russa. Porém, as últimas notícias dão conta de que a caminho da capital ucraniana está uma extensa coluna militar russa de 64 quilómetros. Os riscos são sérios, mas antes o comentador da SIC destaca um dado impressionante.
“À medida que saem [do país] pessoas, sobretudo jovens, crianças, mães, ao mesmo tempo entraram nas últimas horas só em Kiev 80 mil combatentes internacionais, ou seja, pessoas com preparação militar, ucranianos que viviam no estrangeiro, pessoas de várias nacionalidades (cerca de 30 países), que vão defender Kiev”
Além disso, revelou, essas pessoas contam com “o apoio moral e técnico do novo governador militar de Kiev, general profissional que foi escolhido por Zelensky para coordenar a defesa da capital”. A sua grande especialidade “é a coordenação entre forças, operações conjuntas e a logística” e, na opinião de Nuno Rogeiro, “será uma pessoa extremamente eficaz na defesa, e quem julgue que Kiev vai render-se, vai abandonar as armas, não vai”.
Quanto à coluna russa, que partiu do norte de Kiev e que pelo caminho “foi atacada pelos ucranianos (…) tem agora “uma nova tática”. “Em vez de ter cinco ou dez veículos tem dois ou três por quilómetro, muito afastados para impedir que um ataque possa destruir vários veículos ao mesmo tempo“.
Mas avisou tem um objetivo claro: “Arrasar Kiev antes de alguém entrar a pé“.
O comentador da SIC reforça, porém, que “os ucranianos, um povo com muito menos armas do que a Rússia, vai ser esmagado muito provavelmente daqui a uma próxima semana, mas a determinação de usar todos os truques que neste momento tenham no seu bolso e de reservar algumas surpresas aos russo é uma determinação muito grande. E posso garantir que vai haver algumas surpresas“.
Ainda assim, concluiu, “quem tem a pistola nesta altura, infelizmente, continua a ditar algumas leis”.
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