Guerra Rússia-Ucrânia

As aldeias fantasmas recuperadas pelos militares ucranianos aos russos

Jornalistas entraram numa verdadeira aldeia fantasma, entre Irpin e Hostomel, acompanhando uma unidade de militares ucranianos.

As aldeias fantasmas recuperadas pelos militares ucranianos aos russos

As tropas ucranianas têm reconquistado às forças russas várias aldeias vizinhas de cidades como Kiev ou Irpin. Os jornalistas ocidentais testemunharam o regresso a essas aldeias onde há militares russos deixados mortos nas ruas.

A norte de Kiev, as forças ucranianas estão há cerca de uma semana a recuperar posições em aldeias vizinhas. Jornalistas da agência Reuters entraram numa verdadeira aldeia fantasma, entre Irpin e Hostomel, acompanhando uma unidade de militares ucranianos.

O local não é identificado, mas está abandonado e em ruínas, há corpos de soldados russos pelos campos próximos e nas estradas de acesso à aldeia.

A patrulha pela aldeia serve para vasculhar nos campos e nas casas a existência de armas, munições, lançadores de mísseis e outros equipamentos militares abandonados pelas tropas russas em fuga.

A pequena cidade de Trostianets, entre Sumy e Kharkiv, também foi recuperada pelos ucranianos depois de um mês de ocupação russa que deixou cicatrizes profundas na cidade.

A 4.ª Divisão de Tanques russa, considerada uma unidade blindada de elite, entrou em Trostianets logo no segundo dia da guerra. Mas a forte resistência ucraniana obrigou a uma fuga da cidade, ficando para trás um rasto de destruição e de baixas. Nada funciona, desde os comboios, aos hospitais destruídos.

Na vila de Kukhari, a cem quilómetros de Kiev, os desenhos de crianças espalhados no chão, no meio dos destroços, não deixam margem para dúvidas de que antes funcionava uma escola, agora severamente danificada.

Para os soldados ucranianos, as forças de Moscovo não distinguem civis de soldados, alvos militares de escolas ou hospitais. Simplesmente arrasam tudo.

Na floresta próxima de Kukhari, além de crateras provocadas por mísseis perdidos, há patrulhas ucranianas munidas de morteiros que, a coberto das árvores, respondem ao fogo russo. Fogo que pode cair a qualquer hora e em qualquer lugar.

Por exemplo, na vila de Krasylivka, onde Hanna, vive há 92 anos. Na semana passada, a casa de Hanna foi atingida por destroços de um míssil e um fragmento de um outro míssil russo estava a 100 metros de distância no jardim de um vizinho.

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