A Ucrânia e a Rússia efetuaram a maior troca de prisioneiros de guerra. Moscovo recebeu 144 soldados capturados pelas tropas ucranianas. Para Kiev, foi repatriado o mesmo número de prisioneiros ucranianos. Entre os libertados, estão combatentes do regimento Azov gravemente feridos na batalha de Mariupol.
As imagens divulgadas pelo Ministério ucraniano da Defesa revelam que quase todos os 144 prisioneiros de guerra libertados pela Rússia são feridos graves. Sofreram fraturas, amputações e ferimentos de bala ou de estilhaços de obus. A maior parte combateu em Mariupol.
É sobrevivente de meses de cerco e de bombardeamentos ao complexo petroquímico de Azovstal.
Entre os libertados, estão 43 soldados do regimento Azov, a unidade militar que o Kremlin quer julgar por ligações à ideologia nazi.
Mediada pela Cruz Vermelha Internacional, esta foi a maior troca de prisioneiros de guerra desde o início da invasão.
Para Moscovo, os ucranianos repatriaram também 144 soldados russos.
É sobre o Donbass e o último bastião urbano da resistência ucraniana no leste do país que as tropas russas concentram atualmente a ofensiva. Lysychansk continua sob intensos bombardeamentos.
Os analistas preveem já o arrastamento do conflito com a chegada este verão de mais armamento ocidental à Ucrânia.
Já esta semana, Londres divulgou imagens de soldados ucranianos com instrutores militares britânicos.
Em solo britânico, aprendem a manusear o canhão L-119. São ainda ensinados a lidar com as complexidades dos lança-foguetes múltiplos de longo alcance, capazes de atingir alvos a oitenta quilómetros.
A seguir aos Estados Unidos, e com armamento, fornecido ou prometido, no valor de mais de mil milhões de euros, o Reino Unido é atualmente o maior doador de ajuda militar à Ucrânia.
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