Na passada quinta-feira, o navio de guerra russo Moskva afundou-se no Mar Negro. A Ucrânia diz que atingiu a embarcação com um míssil e Moscovo assume que houve um incêndio a bordo – quando, num primeiro momento, até negou ter perdido o navio de guerra.
A bordo estavam cerca de 500 pessoas, onde 37 morreram, segundo dizem os russos. Mas perante versões contraditórias, são várias as famílias que querem saber o que aconteceu e a precisar de respostas. Qual é a opinião russa? O ativista Pavel Eliza-rov respondeu em entrevista à SIC Notícias.
Dentro do navio encontravam-se soldados que cumpriam “serviço militar”, incluindo um jovem de 19 anos que, garante Pavel Eliza-rov, “não foi um voluntário para lutar contra os ucranianos”.
O ativista russo afirma ainda que, no país, a sensação da população é a de que estão a perder a guerra, “agora ainda mais com a perda deste navio, um símbolo da frota russa”.
Em Moscovo, “onde não há propaganda militar” e “não se tem conhecimento de mortes militares”, são também cada vez mais os jovens que “estão com medo de ser mobilizados para a guerra” e, consequentemente, também os pais.
Relativamente às sanções internacionais à Rússia devido à invasão da Ucrânia, o desemprego tem vindo a aumentar. Segundo disse esta quarta-feira o Ministério do Emprego e Proteção Social russo, cerca de 50 mil trabalhadores perderam o emprego e 98 mil foram obrigados a gozar férias.
À parte do desemprego, Pavel Eliza-rov assegura que, em termos de alimentação, “está tudo bem”. Embora admita que “nos próximos meses [os russos] vão sentir realmente o efeito das sanções”.
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