A Austrália adotou sanções contra o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e contra a mulher, anunciou esta sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Camberra.
O Governo australiano considerou que o executivo bielorrusso continua a prestar apoio estratégico às forças militares russas num “ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, referiu, num comunicado, a Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana Marise Payne.
As medidas punitivas contra o Presidente bielorrusso e a mulher, Galina Lukashenko, surgiram depois de Camberra ter sancionado 13 indivíduos e organizações da Bielorrússia, incluindo o ministro da Defesa, Viktor Khrenin.
Payne lembrou que Minsk abriu as portas aos soldados russos para receberem formação antes da invasão, permitindo-lhes posteriormente lançar mísseis balísticos para a Ucrânia, movimentar tropas e equipamento militar pesado, além de reabastecer e armazenar armamento.
No comunicado, a ministra acrescentou que 22 russos ligados à máquina de propaganda do Kremlin vão ser visados na nova ronda de sanções, incluindo os editores de órgãos de comunicação como Russia Today, Fundação de Cultura Estratégica e agências InfoRos e NewsFront, elevando para 32 o número de sanções contra indivíduos ligados ao aparelho propagandístico russo.
Desde o início da invasão da Ucrânia, a Austrália ativou medidas contra entidades governamentais e bancos russos, bem como contra o Presidente, Vladimir Putin, e perto de cinco centenas de funcionários russos, responsáveis governamentais e militares, bem como oligarcas, nomeadamente o multimilionário Roman Abramovich, que se tornou cidadão português em abril deste ano.
Camberra proibiu, além disso, a exportação de minérios de alumínio para a Rússia e enviou armamento e ajuda humanitária para a Ucrânia.
Por outro lado, este mês, a Austrália, em conjunto com os Países Baixos, deu início a um processo judicial contra Moscovo, por causa da avião da Malaysia Airlines, abatido em 2014 por um míssil disparado por forças pró-russas ao sobrevoar a Ucrânia oriental, matando 298 pessoas, 38 das quais australianas.