Ao fim de quase três meses de terror e morte, Mariupol está agora sob controlo russo. Nas últimas horas renderam-se mais 771 combatentes. Mas um líder separatista garante que há mais militares ucranianos no complexo de Azovstal.
É a mais recente saída de militares ucranianos do complexo industrial de Azovstal. Segundo o ministério de Defesa da Rússia, serão mais 771, entre os quais constam alguns feridos.
Os militares ucranianos estão a ser levados para cidades sob domínio russo.
A Cruz Vermelha internacional confirma que está, desde terça-feira, a fazer o registo de prisioneiros de guerra ucranianos, de acordo com a Convenção de Genebra, o que dará provimento às expectativas de Kiev no sentido de conferir proteção aos soldados agora em mãos russas.
No entanto, a Cruz Vermelha internacional não confirma o número de militares inscritos e declina qualquer responsabilidade no transporte e tratamento aos combatentes, bem como dos trâmites do alegado acordo assinado entre a Rússia e a Ucrânia.
A Rússia divulgou entrevistas com militares ucranianos no hospital em território controlado pelas milícias separatistas pro russas, o que é proibido de acordo com a Convenção de genebra.
O líder separatista da autoproclamada República de Donetsk disse à agência estatal russa TASS que dentro do complexo industrial permanecerão ainda mais de metade dos militares, entre os quais os comandantes das várias unidades, mas não é claro se esse número contabiliza já os 771 que saíram nas últimas horas.
As estimativas apontavam para uma totalidade de 2 mil soldados ucranianos dentro de Azovstal. 1730, segundo a Rússia, já estarão cá fora.
Subsistem as dúvidas quanto ao destino a dar aos militares que resistiram durante mais de 80 dias em Mariupol.
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