A Rússia mantém o cerco e os ataques ao complexo de Azovstal, na cidade de Mariupol. Os últimos combatentes do batalhão Azov recusam render-se, mas admitem que as baixas são elevadas e que a situação é cada vez mais grave.
Num dos mais recentes vídeos divulgados pelo batalhão Azov, os militares dizem que o primeiro e segundo andares da Azovstal ficaram em chamas na sequência de explosões.
O regimento divulgou também uma série de fotografias. Mostram soldados feridos – alguns amputados -, todos tratados em tendas improvisadas no interior da fábrica.
O grupo com ligações à extrema direita assegura a resistência ucraniana em Mariupol. Combate há semanas as forças russas na metalúrgica. Mas as chefias admitem que já não sabem por quanto mais tempo. Ainda assim, recusam a rendição.
O Presidente da Ucrânia garante que a resistência vai manter-se, embora lamente que o país não tenha recebido o número de armas suficiente para travar o cerco à fábrica e libertar Mariupol.
Zelensky assegura que os esforços diplomáticos para resgatar os soldados continuam, por enquanto sem frutos.
Do lado oposto, a milícia pró-russa de Donetsk monitoriza as movimentações do inimigo na tentativa de recuperar posições dentro do complexo.
Além dos soldados, as autoridades ucranianas admitem que ainda possa haver cerca de 100 civis abrigados na fábrica que não saíram na última operação da ONU e da Cruz Vermelha. Os separatistas de Donetsk negam.
O autarca de Mariupol apela ao cessar fogo na fábrica. Mas as imagens e os relatos que chegam da Azovstal não dão qualquer sinal de abrandamento.
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