O Canadá reforçou, esta quarta-feira, a sua campanha de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, impondo novas medidas a 203 pessoas envolvidas na criação das chamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no leste do território ucraniano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano indicou num comunicado que as pessoas sancionadas são 11 altos funcionários e 192 membros dos Governos populares das duas regiões independentistas que “são cúmplices das violações pelo regime russo da soberania e integridade territorial da Ucrânia”.
O Governo canadiano recordou que a Rússia tentou anexar zonas da região do Donbass, onde se situam as regiões de Donetsk e Lugansk, em violação do direito internacional.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, afirmou que o Canadá não permanecerá impassível perante as tentativas do Presidente russo, Vladimir Putin, e dos seus aliados de alterar as fronteiras da Ucrânia.
Joly acrescentou que o país utilizará todos os instrumentos à sua disposição para garantir que as normas internacionais sejam respeitadas e que “aqueles que são cúmplices em violações do direito internacional respondem pelos seus crimes”.
Desde que a Rússia ocupou a península ucraniana da Crimeia, em 2014, o Canadá impôs sanções a mais de 1.400 pessoas e entidades russas, ucranianas e bielorrussas.
O anterior pacote de sanções canadiano à Rússia foi aprovado a 19 de abril e incluiu duas filhas de Putin e mais 12 pessoas próximas do Presidente russo, entre oligarcas e seus familiares.
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