O Goldman Sachs anunciou esta quinta-feira que vai encerrar a operação na Rússia, na sequência do conflito na Ucrânia, tornando-se o primeiro grande banco de Wall Street a fazê-lo.
“O Goldman Sachs vai encerrar as suas operações na Rússia, de acordo com os requisitos regulatórios e de licenciamento”, segundo uma declaração do Goldman Sachs, enviada hoje aos meios de comunicação.
O banco de investimento norte-americano assinalou estar focado “em apoiar” os “clientes a nível global na gestão ou encerramento de obrigações preexistentes no mercado e garantir o bem-estar dos nossos associados”, acrescentou.
De acordo com o último relatório anual, a exposição do Goldman Sachs à Rússia no final de 2021 totalizou 650 milhões de dólares (590 milhões de euros), sendo a grande maioria relacionada com as reivindicações de agentes privados e mutuários. O banco não deu mais detalhes sobre o número de funcionários no país.
O Citigroup, que tinha uma exposição total de 9,8 mil milhões de dólares (cerca de 8,9 mil milhões de euros) à Rússia no final de dezembro, por sua vez indicou na quarta-feira que está “a avaliar as (suas) operações no país”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Conflito Rússia-Ucrânia
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