Ainda sem o controlo total de Mariupol e com os combates a intensificarem-se no complexo Azovstal, o Dia da Vitória foi assinalado no centro da cidade em ruínas por dirigentes pró-Rússia.
A conquista total da cidade portuária continua dependente da queda do último bastião de resistência, mas apesar de Moscovo ter negado a intenção de invadir Azovstal, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirma que as forças russas, apoiadas por carros de combate e artilharia, estão a levar a cabo operações de assalto no complexo industrial.
Encurralados há semanas, os combatentes, sobretudo do batalhão Azov, chegaram a apelar a uma operação de extração. Agora, queixam-se de ter sido esquecidos.
Na guerra paralela que se joga nos media, um comandante da milícia pró-russa de Donetsk assegura ter testemunhado movimentações de defensores de Azvostal nas imediações do complexo.
As tréguas que permitiram a retirada sob a égide da ONU e da Cruz Vermelha de todos os civis que assim o quiseram, terminou com a chegada da última caravana humanitária a Zaporíjia no domingo.
Para trás ficaram feridos e moribundos, muitos com septicémia e gangrena, e uma informação avançada por um jornal belga de que a vice-primeira-ministra da Ucrânia terá pedido ajuda à organização humanitária Médicos Sem Fronteiras para retirar e tratar soldados entrincheirados no complexo industrial.
Saiba mais
- SIC na Ucrânia: “Estão a ser conduzidas operações de bombardeamento muito intenso” em Azovstal
- Enviados da SIC acompanharam chegada dos últimos civis retirados de Azovstal
- “Estamos praticamente sozinhos”, asseguram os militares em Azovstal
- Zelensky quer retirar todos os militares de Azovstal
- Depois da retirada de civis de Azovstal, Moscovo pode estar perto de conquistar Mariupol