Guerra Rússia-Ucrânia

Corte de gás reforça importância do acordo ibérico para travar subida de preços, diz ministro

Duarte Cordeiro refere que Portugal tem uma “fraca dependência do gás russo” e sublinha a importância do acordo entre Portugal e Espanha no atual contexto.

Corte de gás reforça importância do acordo ibérico para travar subida de preços, diz ministro

O ministro do Ambiente e da Ação Climática reagiu esta quarta-feira ao corte do gás por parte da Rússia.

Duarte Cordeiro diz que Portugal tem uma “fraca dependência do gás russo” e sublinha a importância do acordo entre Portugal e Espanha para travar a subida do preço da eletricidade.

O grupo russo Gazprom anunciou esta quarta-feira que suspendeu todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países membros da União Europeia por não terem feito o pagamento em rublos.

Em comunicado, a Gazprom disse que notificou a empresa búlgara Bulgargaz e a empresa polaca PGNiG da “suspensão das entregas de gás a partir de 27 de abril e até que o pagamento seja feito em rublos”.

A petrolífera estatal russa Gazprom já tinha avançado com a suspensão do fornecimento de gás à Bulgária a partir desta quarta-feira, no mesmo dia em que o primeiro-ministro búlgaro tem previsto um encontro com o Presidente da Ucrânia, em Kiev.

A Bulgária juntou-se assim à Polónia, que também tinha anunciado que a Rússia iria interromper o fornecimento de gás a partir desta quarta-feira perante a recusa em fazer os pagamentos em rublos, como exige a administração da Gazprom, controlada por Moscovo.

Em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defende um “embargo total” pela UE ao petróleo, gás e carvão russos, devido à guerra na Ucrânia, considerando que o apoio europeu a Kiev “ainda não é suficiente”.

Prestes a completar 100 dias no cargo, a presidente do Parlamento Europeu salienta à Lusa que “a democracia não tem preço”, criticando que a UE tenha “ignorado todos os sinais” e se tenha tornado “demasiado dependente do Kremlin” devido à dependência energética europeia face aos fornecedores russos.

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